sábado, 5 de dezembro de 2015

Marília, a nossa porta-bandeira

Paulo Gracindo e Marilila Pêra              

Muito vai se escrever sobre Marília Pêra que nos deixou nesta quinta-feira. Há pessoas que acompanharam de perto toda a sua brilhante trajetória artística, no teatro, cinema e televisão.

É difícil dizer em que área ela transitava melhor. Nos aparecia como cantora e como comediante das mais talentosas e inimitável.

A minha mente, no entanto, vem o passado, ainda na época da televisão preto e branca.

Ela (a Noeli) sendo disputada pelos bicheiros Tucão  (Paulo Gracindo) e Jovelino Sabonete (Felipe Carone) na Bandeira 2 de Dias Gomes, exibindo o seu enorme talento de atriz.

Tudo perfeito. A eterna briga pelo dinheiro da contravenção pelos chefões do jogo do bicho.

Uma violência urbana ainda romântica marcada pelos sambas enredos antológicos de nossas escolas.

O do Bandeira 2 era o da Imperatriz Leopoldinense - Martin Cererê - prevendo o surgimento de um Brasil grande.

Muitos outros espetáculos foram feitos pela atriz Marília Pêra, entre os quais o da história trágica real do menino Pixote. Ela teve a grande façanha de tornar mais leve a vida de muitos sofridos brasileiros.

Parecia como no Bandeira 2, a porta-bandeira da Imperatriz, desfilando pelo palco e pelas telas, enchendo nossa vida de alegria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário