sábado, 1 de março de 2014

Regalias no presídio


É preciso que a prisão de políticos e demais personagens do chamado esquema denominado Mensalão não se constitua em uma espécie sem sentido de revanchismo ou excesso de punições pelo sistema prisional. O Brasil conta com um exército de quase 500 mil presidiários, a maioria vivendo em condições sub humanas e sem qualquer trabalho efetivo de recuperação. As prisões são tidas inclusive como verdadeiras universidades da criminalidade, com um detento aumentando seu grau de periculosidade e dificilmente se reintegrando à sociedade ao término de sua pena. Isso não significa que os personagens do Mensalão devam também ter um tratamento desumano.

O que se espera e deveria ser dever do Estado é o tratamento digno para todos os presos, dando oportunidades de trabalho para os que tivessem condições e vontade, mesmo no regime fechado e sobretudo acesso à educação, da qual a maioria foi privada (inclusive a que conduza a uma profissionalização) e, certamente, contribuiu muito para a própria marginalidade.

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