Deodoro não resiste
ao Congresso e joga a toalha
Um sistema de governo que já nasceu desacreditado por seu principal responsável, a República tem sido no Brasil um regime de difícil consolidação, em virtude principalmente da existência de partidos políticos sólidos que prevaleçam sobre os interesses pessoais de seus quadros.
Amigo pessoal do Imperador Dom Pedro II, Deodoro da Fonseca ao apoiar, o que segundo alguns seria um golpe, o fim do regime monárquico, o fez mais como um militar que adere a posição de seus companheiros de farda.
Deodoro não acreditava no regime Republicano, a ponto de declarar que, no Brasil ele seria impossível, constituindo-se em verdadeira desgraça. "O único sustentáculo do Brasil é a Monarquia. Se mal com ela, pior sem ela".
Como primeiro presidente da República, o velho Marechal, já adoentado, sentiu na pele a dificuldade de governar diante da soma de tantos interesses em jogo. Com um ministério de cerca de 6 membros, Deodoro sofria pressão de todos os lados a ponto de declarar ser "impossível governar com este Congresso. É mister que ele desapareça para a felicidade do Brasil".
No meio de uma enorme crise, o velho marechal não resistiu e renunciou ao cargo, mandando chamar o seu vice.
"Não quero aumentar o número de viúvas e órfãos no meu país. Mandem chamar Floriano. Já não sou mais presidente do Brasil".
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