Alessandra Novaes
"Tomara que a ditadura volte. Iam mandar a polícia pra baixar o cacete em vocês"
Ouvi isso de um senhor de cabelos brancos, hoje de manhã, enquanto estava na Calçada de uma escola na Vila da Penha, com o Sindicato, pacifica e publicamente denunciando os problemas que os professores enfrentam ali.
Num espaço público, panfletamos e e conversamos com pais de alunos e estudantes (todos nos apoiaram) quando contamos a difícil negociação salarial do setor e do problema de assédio moral que rola ali (uma professora, para fazer a denúncia, nos ligou escondida de dentro do banheiro!). Averiguamos os fatos e era verdade.
Antes do ato público, houve tentativas de diálogo, sem sucesso. Ninguém ofendeu ninguém e era meio-dia, ninguém impediu direito de ir e vir ou nada do gênero. Apareceu a polícia porque a escola chamou. Queria "nos qualificar", mas só um diretor já "cumpriu o papel". Depois ele acabou rindo conosco, porque disse que já foi qualificado tantas vezes que pode botar no currículo "altamente qualificado".
Os policiais foram até muito gentis - embora tenham qualificado um - e uma policial nos contou que era professora (mas passou no concurso pra polícia e preferiu... será por que?). Ficaram ali conosco, durante todo o resto do tempo, silenciosamente nos protegendo. Pelo menos foi bom, porque o lugar é meio perigoso e a escolta de 3 policiais e 1 fuzil caiu bem.
Pessoalmente acredito na luta dos trabalhadores. Acredito mesmo. Fiquei pensando naquele senhor, que poderia ter dito que eu ganharia na mega sena, mas preferiu dizer que na ditadura eu entraria no cacete. Reivindicar direitos não é ser bandido.
Me lembrei do filme... e repito:
"São tempos difíceis para os sonhadores"
Num espaço público, panfletamos e e conversamos com pais de alunos e estudantes (todos nos apoiaram) quando contamos a difícil negociação salarial do setor e do problema de assédio moral que rola ali (uma professora, para fazer a denúncia, nos ligou escondida de dentro do banheiro!). Averiguamos os fatos e era verdade.
Antes do ato público, houve tentativas de diálogo, sem sucesso. Ninguém ofendeu ninguém e era meio-dia, ninguém impediu direito de ir e vir ou nada do gênero. Apareceu a polícia porque a escola chamou. Queria "nos qualificar", mas só um diretor já "cumpriu o papel". Depois ele acabou rindo conosco, porque disse que já foi qualificado tantas vezes que pode botar no currículo "altamente qualificado".
Os policiais foram até muito gentis - embora tenham qualificado um - e uma policial nos contou que era professora (mas passou no concurso pra polícia e preferiu... será por que?). Ficaram ali conosco, durante todo o resto do tempo, silenciosamente nos protegendo. Pelo menos foi bom, porque o lugar é meio perigoso e a escolta de 3 policiais e 1 fuzil caiu bem.
Pessoalmente acredito na luta dos trabalhadores. Acredito mesmo. Fiquei pensando naquele senhor, que poderia ter dito que eu ganharia na mega sena, mas preferiu dizer que na ditadura eu entraria no cacete. Reivindicar direitos não é ser bandido.
Me lembrei do filme... e repito:
"São tempos difíceis para os sonhadores"
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