quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Rato que rói

Como uma criança abandonada
choro na minha solidão

sem uma voz a meu lado
caminho por um deserto
ou náufrago perdido no mar

Me acompanha o silêncio
e o bater do coração

Falo comigo mesmo
mas não sou a resposta
nem diálogo

Então me calo e
ouço o ruído de meus ouvidos
e o sono da minha mente

Não sou doença e nem saúde
sou apenas um pingo de chuva
caindo no oceano

Não sei qual o ano
e não me lembro da hora

Como uma criança abandonada
comendo um pedaço de pão
dividindo tudo que tenho
com o rato que me rói
no peito

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