Era Páscoa
e eu acreditaria
que você mandaria
algum velho coelho
e eu pensaria
nas dobras estranhas
daquele teu joelho
e esperaria
algo bem bom
como o bombom
sonho de valsa
ou serenata de amor
Era Páscoa
em que nós fugíamos
de mãos dadas dos
eternos inimigos
e como bons
velhos amigos
nos protegíamos
dos agitos e dos egitos
e entre gritos teus
eu mataria os ratos ateus
e as baratas das nossa velha casa
lá no pedregulho
Era Páscoa
e nos lambuzávamos
de chocolates
entre as crianças
e cantávamos desafinados
em total harmonia
Certamente atravessaríamos
rios e mar vermelhos
Mas, veio aquela
velha dor no joelho
e sem querer
matamos o coelho
Era Páscoa...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário