
e isso me incomoda
Sinto alguém fungando
em meu cangote e me apavoro
E esses olhos que em mim penetram
ferem comigo e me estremecem
e por isso corro
*********
Sinto que estou sendo observado
e procuro abrigo na barra da saia de minha mãe.
Não sei se me olham
com afeto ou segundas intenções
E como um feto
no ventre materno adormeço
de volta ao nada
da minha total insignificância
e me recolho
***********************
E agora sou apenas um grão invisível
e esse silêncio profundo
é o bater de meu coração
(mas, minha mãe me ouve)
e por isso sonho
(3 de abril de 2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário